Ruína
Rasga-me as entranhas
E dá-las a comer ao teu orgulho
Arranca-me o coração pelo peito
E talvez então possas comprovar
Que tem o teu nome escrito nele
Bebe as minhas memórias
E vomita-as como o pecado que são
Insulta-me fria e cruelmente
Atira-me ao chão
Com a força das tuas palavras
Que estas lágrimas não te parem
Que esta dor não te intimide
Apaga somente o teu sofrimento
E, amor, talvez então
Consigas espaço para o perdão
Raquel Martinez Neves
19-Jul-11