Sentinela
Quebra
Risco de lápis falhado
Maquilhagem borrada
Sapatos na mão
Copos de plástico no chão
Somos alguém entre ninguém,
E para ninguém somos alguém
Colisão
As luzes frias e amarelas
Os pneus a derrapar na estrada
Buzinas fracas e mortas
Estrondo no silêncio da noite
Escrevemos a nossa histórias na areia,
Sabendo que há-de vir o mar para a apagar
Rescaldo
O Sol que se levanta
Esperança morna e fugidia
Espera sonhadora mas cansada
Lágrimas que secam na alvorada
Queremos que acreditem em nós
Mas vacilamos perante a força da nossa voz
Construímos caminhos
Tropeçamos nas pedras
Agarremos nos braços
Sigamos de olhar em frente
Sentinela
Raquel Martinez Neves
Maio/Julho 2010
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