Preguiça


Preguiça

Alma arrastada
Pelo chão da inércia
Coração cansado
De nada fazer
Suspiro arfante
De não dizer

Por custar demasiado
Cais na moleza
Corpo lânguido
Mente doente
Aversa ao esforço
Contrária ao pensamento

Deitas-te no conforto
Que te adormece os músculos
E então ficas
Na facilidade do nada
Do não mover
Do não viver

O tempo passa por ti
Com indiferença o olhas
Deixas-te estar
Não te queres levantar
Prazer em dormir
Em deixar de sentir

Na tua debilidade conquistada
Perdes a energia da vida
Morres lentamente
Prostrado de languidez
Não te podes mexer
Porque não o queres fazer

Raquel Neves

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