Lágrima de teu coração derramada
Sangue morto
Dramatizada por tremenda ventania
Sonhos aqui deixados
Almas aqui cravadas
Corações crucificados
Em tuas telas encantadas
Rio de dor ambulante
Lua que se perdeu
O medo caminhante
Que a ti me prendeu
Noite triste e sombria
Assombrada pelo passado
Vivendo na sombra que morria
Morrendo em mim, contigo acorrentado
Tragédia na vida
Rumores dissipados
Sangue na minha ida
Pedaços de mim por ti espalhados
Flor que de nós nasceu
Rosa negra, de desespero alimentada
Flor que no deserto sobreviveu
Mesmo tendo sido mutilada
Anjos que aqui circulam
Para nos proteger
Anjos que se manipulam
Para outros ver desaparecer
Sonhos de olhos abertos
Realidade no meu mundo imaginário
Negros espinhos, em mim cobertos
Pela guarda do meu santuário